domingo, 3 de abril de 2016

Energia kármica e como limpar o karma

O que são laços kármicos?
Um átomo tem uma percentagem muito reduzida de matéria. Isto quer dizer que tem muito mais percentagem de espaço, ou seja energia. Quando nós olhamos para um átomo só estamos a ver uma pequena parte dele. O mesmo acontece com uma pessoa. Quando olhamos para ela a maioria de nós vê apenas o que está visível e há muita informação que nos passa ao lado.
Uma das coisas que a maioria não vê, embora existam pessoas que o conseguem ver são os laços que a ligam a outras pessoas. Tal como não conseguimos ver o vento, mas conseguimos ver o seu efeito, como folhas a mexer, também conseguimos ver os efeitos dos laços kármicos em emoções, doenças, padrões de comportamento ou de pensamento.
Os laços kármicos são ligações energéticas entre as pessoas por votos, promessas e contratos que fizemos com elas, conscientemente ou inconscientemente, falados ou não falados.
Mais do que uma ligação ao outro, um laço kármico está relacionado com o tipo de emoções que sentimos ou o teor do argumento ou trauma pelo qual passamos.
O que existe num laço kármico? Contratos, padrões de pensamentos negativos, padrões de comportamentos negativos, vibração negativa, falta de energia, processos de sabotagem e emoções negativas. Usualmente nós podemos ter mais do que um laço kármico à mesma pessoa, de acordo com o tipo e o teor da interação.
A sua presença representa a oportunidade de podermos aprender com eles e depois seguir em frente.
Como é que são criados os laços kármicos?
Por exemplo, quando se casam as pessoas fazem votos muito fortes: «Vou ficar para sempre contigo», «Vou amar-te para sempre», mas a maioria acaba em divórcio. Se vão para outra relação, podem ir na mesma com este contrato válido e ativo ou a relação tornar-se numa relação kármica, porque saíram magoados da relação. Relacionamentos incompatíveis são um local onde muitos laços kármicos são criados, devido à negatividade que envolve a interação das duas pessoas.
Outros laços kármicos muito comuns são os laços com os nossos familiares, especialmente com os nossos pais. Estes devem ter a nossa maior atenção, pois tendem a afetar as restantes áreas da nossa vida. Nós herdamos muita coisa dos nossos pais – crenças, medos, culpa, padrões, características físicas, limitações, vitimizações. Enquanto crianças nós só queríamos ser amados e aprovados e isso faz-nos ter o mesmo comportamento que os nossos pais para conseguirmos satisfazer essa necessidade. Muitos viram alcoólicos, têm as mesmas doenças, escolhem parceiros iguais ao da mãe ou do pai, apenas por uma questão de fidelidade a quem lhes deu a vida.
Os laços kármicos na família são os mais fortes. É por essa razão que muitos não conseguem ter sucesso ou viver a vida que desejam. Algumas pessoas chegam mesmo a mudar de nome para perder alguma da influência energética. É o caso de alguns atores, cantores ou estrelas internacionais que inconscientemente ou conscientemente adoptaram outro nome para conseguirem abraçar o sucesso.
Outra forma de criar um laço kármico é através do ato sexual, mesmo aquele que é esporádico ou de uma só noite. Um ato sexual pode formar um laço tão forte quanto o de um familiar, devido à intensidade da partilha de energias. Numa relação sexual há troca de fluídos, hormonas e energia que pode ligar permanentemente os dois. É por essa razão que na comunidade espiritual nós dizemos que não existe sexo seguro. Se o outro tiver “lixo” nós vamos absorver o “lixo” dele, que se vai misturar com o nosso e dar uma grande salganhada.
As pessoas com grande rotatividade de parceiros, com ou sem sexo são pessoas vazias, superficiais, confusas e cheias de dramas. Não há grande profundidade nelas, porque acumularam tanta coisa que era dos outros, que têm dificuldade em se conetarem com elas mesmas.
Um outro tipo de laço é o laço espiritual, que podemos dizer que é um laço positivo, na medida em que a qualidade de emoções e padrões que lá existem são muito mais harmoniosas e saudáveis. Por exemplo, uma alma com talento para a música pode nascer numa família de músicos, de forma a viver o seu talento mais plenamente ou numa família que vai apoiar o seu percurso na área musical. Eles não têm uma relação kármica, mas sim uma parceria espiritual.
Se sentires que não tens muito em comum com a tua família e que não estás “apegado”a ela pode ser um sinal de que não existe um laço kármico entre vocês. Ela está apenas a proporcionar o contexto necessário, com os desafios essenciais para a tua evolução.
Parcerias espirituais também podem existir entre amigos ou em relacionamentos. Encontramos na atualidade vários casais que estão a fazer coisas lindas no mundo em parceria.
Porque é que os laços kármicos devem ser cortados?
Apesar de ser normal formar estes laços, eles não servem o nosso interesse, drenam a nossa energia, afetam as nossas relações e empatam a nossa evolução. Laços que não são cortados podem ficar connosco várias vidas e prendem-nos à roda da vida e retornos sucessivos. Cortar os laços kármicos traz clareza e liberdade à nossa vida.
Como neles existem muita negatividade, não vamos conseguir ter uma vibração mais positiva e que nos permite chegar ao nosso maior potencial. Cortar os laços kármicos permite-nos seguir em frente. Como é que podemos seguir em frente se estamos atados? Um laço kármico acaba sempre por repelir algo.
Por isso, aquela sensação de que parece que existem correntes que nos puxam para algo que não serve o nosso propósito maior, não é de todo irreal. Significa a presença de um laço kármico. Não é preciso ser muito evoluído espiritualmente para o sentir.
Como cortar um laço kármico?
Cortar os laços kármicos não significa apenas terminar uma relação, embora esse possa ser o primeiro passo. Significa abrir mão das emoções, dinâmicas e negatividade que existiam naquela dinâmica. Quando cortamos os laços kármicos, nós limpamos a toxicidade que existe no laço e consequentemente em nós.
Independentemente da distância física que temos do outro, se o laço ainda existir, isso faz-nos estar sempre ligados ao drama, mágoa e caos, muitas vezes por várias vidas consecutivas com a mesma pessoa ou a outras com perfil idêntico. Se os laços não são cortados a outra pessoa vai continuar a alimentar-se de nós.
Uma outra questão é que não devemos ter medo de cortar os laços kármicos, pois o que estamos a cortar na realidade é o que existe de denso e de sombra na relação.
Meditação das Rosas
Através desta meditação e técnicas adjuvantes, podes limpar o Karma para te permitir ter uma vida plena e feliz. Vê mais aqui.

Todos os laços têm que ser cortados
Mesmo os laços das parcerias espirituais vão ter que ser cortados. Nós não nos podemos transformar numa alma una e independente, se tivermos laços com os outros. Há uma parte da jornada que não pode ser feita em conjunto.
Um exemplo é a história de Buda e Yasodhara. A parceria de ambos serviu de catalisador para o passo seguinte. Para atingir a iluminação, eles tinham que estar separados.
Conclusão
Se nunca fizermos nada para os laços kármicos serem quebrados é mais do que certo que vamos continuar a repetir os mesmos padrões e ficar cada vez mais amargos e frustrados.
O laço só é cortado totalmente quando aprendemos a lição e a integramos. Por mais dolorosa que seja a lição, ela é essencial para a nossa jornada. Dependendo do caso pode ser necessária a separação, ela permite ganhar perspetiva e distanciamento do drama. É num contexto mais harmonioso, calmo e desapegado que a lição costuma chegar.
Quando cortamos o laço nós sentimos esse corte. Num dos primeiros laços que cortei, o processo foi bastante físico à medida que saí do local onde a conversa decorreu.
Depois de um laço cortado muita negatividade desaparece da nossa vida, a clareza chega e um sabor de liberdade. Vais saber que esse laço está cortado, quando sentes liberdade e alegria na tua vida. Depois do corte de um laço kármico a vida corre melhor.
Os laços kármicos têm que ser quebrados se queremos viver uma vida alinhada com o nosso maior potencial. Quanto menos laços kármicos tivermos, mais livres nos vamos sentir. Por isso, é bom pensarmos duas vezes antes de tomar qualquer ação que potencie a criação de um laço.

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